Critica: Rock – Monologue.
Rock Monologue é um documentário do diretor Vladimir Kozlov, sobre o músico Yuri Morozov, figura de destaque no rock underground russo entre as décadas de 1970 e 1980.
Com um quê de peigas, o documentário traça um panorama não apenas da carreira de Morozov, mas também da ditadura empreendida na ex-URSS , com sua censura e perseguições. E foi graças àquela politica empregada naquele pais que Morozov tornou-se célebre. Quando havia apenas uma gravadora em todo pais, à serviço do governo, Morozov gravou suas músicas, clandestinamente, na calada da madrugada, tendo como suporte as velhas fitas magnéticas.
Com músicas de protesto, desafiando várias instituições do governo, o roqueiro foi diversas vezes presos , mas nenhuma destas experiências foram eficazes a tentativa de calá-lo.
O filme, embora conte uma história interessante, de uma personalidade praticamente desconhecida aqui, esbarra na pieguice e no kitsch a todo instante. Os depoimentos de músicos, amigos e até da esposa de Morozov vão tomando a forma dos quadros de programas dominicais.
O bacana do filme fica a cargo das imagens politicas da época, como Gorbatchev cantando “A Internacional”, os desfiles de porta mísseis em plena Praça Vermelha e as estátuas de Lênin, que povoam o imaginário ocidental até hoje.
—-
Uma palavra para “Rock-Monologue”: brega.
Avaliação Le Champô: regular
0 Respostas to “32ª Mostra – Crítica “Rock-Monologue” (Rússia)”